domingo, 15 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Centro velho de São Paulo: palco e cenário cultural
Os principais traços culturais de São Paulo têm de alguma forma vínculo com o centro histórico da cidade. Tanto hoje quanto antigamente, a região que compreende o centro velho é um cenário fértil para o florescimento de diversas manifestações de cultura. Essa diversidade cultural tem relação com a própria composição da população paulistana.
O estado, de forma geral, recebeu uma carga expressiva de imigrantes: italianos, portugueses, japoneses, espanhóis, sírio-libaneses, armênios etc., os quais vislumbraram em São Paulo uma região próspera graças ao ciclo do café. Entre todos esses imigrantes, os portugueses e os italianos – até mesmo pelos seus contingentes elevados – exerceram uma maior influência na cultura paulistana. Esta última, que servia de mão-de-obra para a cafeicultura, após crise cafeeira, instalou-se mormente na região do Brás e Bom Retiro; já os portugueses residiram na região da Luz, principalmente.
Todas essas
influências foram assimiladas e ajudaram a tecer a cultura da terra da garoa, que passou a ser - e ainda é- referência de riqueza cultural. Não é à toa que a Semana da Arte Moderna de 1922 teve como palco o Theatro Municipal de São Paulo, já que este movimento artístico tinha como uma de suas preocupações a manifestação livre e desprendida da arte. Assim como, segundo o compositor Tom Zé, o Tropicalismo encontrou em São Paulo o acolhimento essencial para se firmar como um importante movimento cultural, por encontrar na cidade reflexos e inspirações para os ideais tropicalistas.
Artes plásticas, peças teatrais, filmes e músicas ganharam em chão paulistano espaço e público para exposição e, desta forma, o centro histórico de São Paulo atuou, não só como lar, mas também como vitrine da cultura paulistana e até de outras partes do país e do mundo. Justamente pela diversidade cultural, não é exagero nenhum a ideia de São Paulo, sobretudo o centro velho, ser um pólo da cultura brasileira.
Da sutileza das orquestras sinfônicas à energia de blocos carnavalescos, o antigo centro da metrópole paulista é patrimônio cultural. É nele, que podemos captar de forma mais rica como os processos históricos e fenômenos culturais estão atados, pois qualquer tipo de manifestação (seja artística ou não) de um povo é efetivamente um reflexo de suas próprias transformações.
O estado, de forma geral, recebeu uma carga expressiva de imigrantes: italianos, portugueses, japoneses, espanhóis, sírio-libaneses, armênios etc., os quais vislumbraram em São Paulo uma região próspera graças ao ciclo do café. Entre todos esses imigrantes, os portugueses e os italianos – até mesmo pelos seus contingentes elevados – exerceram uma maior influência na cultura paulistana. Esta última, que servia de mão-de-obra para a cafeicultura, após crise cafeeira, instalou-se mormente na região do Brás e Bom Retiro; já os portugueses residiram na região da Luz, principalmente.
Todas essas
influências foram assimiladas e ajudaram a tecer a cultura da terra da garoa, que passou a ser - e ainda é- referência de riqueza cultural. Não é à toa que a Semana da Arte Moderna de 1922 teve como palco o Theatro Municipal de São Paulo, já que este movimento artístico tinha como uma de suas preocupações a manifestação livre e desprendida da arte. Assim como, segundo o compositor Tom Zé, o Tropicalismo encontrou em São Paulo o acolhimento essencial para se firmar como um importante movimento cultural, por encontrar na cidade reflexos e inspirações para os ideais tropicalistas.
Da sutileza das orquestras sinfônicas à energia de blocos carnavalescos, o antigo centro da metrópole paulista é patrimônio cultural. É nele, que podemos captar de forma mais rica como os processos históricos e fenômenos culturais estão atados, pois qualquer tipo de manifestação (seja artística ou não) de um povo é efetivamente um reflexo de suas próprias transformações.
“São Paulo é um cruzamento de tempos.” José Miguel Wisnik
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